História de amor – Geanne & Eduardo
Há oito anos a Geanne e o Eduardo embarcaram juntos num intercâmbio. Acabaram se graduando na Irlanda, onde hoje vivem. O eduardo(35 anos) trabalha como chef de cozinha e a Geanne (30 anos) trabalha como profissional de estética. Para saber tudo sobre essa história visite nosso blog butterfly-exchange.com/eduege . Para mais histórias como esta, é só seguir a gente.
Recebemos muitas perguntas sobre intercâmbio em casal, por isso resolvemos entrevista o casal e tirar algumas das dúvidas mais frequentes. Confira:
Por que vocês escolheram a Irlanda? E há quanto tempo vocês moram em Dublin?
O Eduardo já tinha um primo aqui e também pela facilidade. A primeira opção seria Londres, o Eduardo já estava morando lá. Mas como era bem mais caro, a gente resolveu vir pra cá. Além disso, aqui a gente pode trabalhar e estudar, isso contou bastante pra gente.
Nesses 8 anos vocês sempre moraram juntos na mesma casa? Ou voces ja chegaram a dividir acomodacao com casal ou outras pessoas?
Nós viemos com a ideia de tentar não dividir, já desde o comeco. Pelo que ouvimos, de ser um pouco mais complicado, e a gente deu prioridade pra privacidade da gente. Mas dividimos no primeiro ano, a partir do segundo ano já optamos por morarmos em lugares menores, mas que fossem apenas pra nos dois, com mais privacidade. Dividimos apenas o primeiro ano, e do restante até o momento, estamos morando sozinhos.
E é mais difícil mesmo achar vaga pra casal, como dizem?
Pelo meu ponto de vista, eu não acho mais difícil do que para individual, não. Pra dividir, sai em tese um pouco mais fácil, mas para o casal acredito que sai até mais em conta. Mas a dificuldade é para todos, eu acho que tá bem dificil achar lugar hoje em dia, pelo que a gente escuta. Esse é um grande ponto hoje. O pessoal tem que vir antenado, sabendo que esse é um possível desafio a se enfrentar aqui. Mas tem solução. Tem que identificar qual é a sua prioridade. Se a pessoa tem como prioridade aprender o inglês, dividir casa com estrangeiros é uma boa ideia. Acomodação perto do centro, tem muita festa enquanto casa de familia tem mais oportunidade de falar com nativos. Tem tudo isso, então cada um tem seu objetivo, e tem que ver qual é o seu planejamento antes de embarcar. Uma pessoa que a gente conheceu, preferiu ficar em casa de familia, ela quis praticar mais a língua. É mais caro e tudo mais, mora mais afastado do centro, mas tem muitos benefícios. Tem várias formas de morar e é um ponto primordial pro desenvolvimento dos objetivos.
Falando um pouco mais sobre o custo de vida, é mais tranquilo dividir as contas como casal? Ou no individual acaba saindo elas por elas?
Eu acredito que não faca muita diferença no orçamento. Mas eu acho mais fácil trabalhar em dupla, mas essa é a minha forma de pensar. , Mas a gente nao teve outra experiência.
Agora falando um pouco de sonhos:
Quais eram os planos de vocês como casal, antes de morar aqui na Irlanda? E quais deles foram realizados? Viagens, faculdade, casa nova?
Nós tivemos bastante sonhos realizados. Conhecemos várias culturas, fizemos faculdade – principalmente no caso da Geanne, que ainda não tinha feito faculdade no Brasil -, então vencer essa barreira fora do seu pais, eu acho que foi muito importante, pra nós dois. Fazer uma faculdade em língua estrangeira e com a base de educação pública do Brasil e ainda mais dificil, é uma vitória pessoal. Era um sonho da Geanne fazer faculdade, e ela realizou aqui. Era um sonho a gente conhecer vários países e várias culturas diferentes, e isso é uma coisa que a gente vai continuar fazendo. Sobre realização financeira, acho que a gente não veio com uma coisa específica, talvez nossa idéia inicial, o sonho básico nosso era aprender o inglês e voltar pro Brasil. Esse era, de verdade, o primeiro plano. E de acordo como as coisas foram acontecendo aqui, as oportunidades foram surgindo, as portas foram se abrindo, nós tivemos outras decisões, e optamos por ficar pela Irlanda, seguir nossa vida aqui. Acho que por isso que a gente não teve esse plano específico, mas conquistamos grandes coisas, coisas que desejamos desde sempre juntos.
O que vocês indicam pra quem tem o objetivo de fazer faculdade, por exemplo, a pessoa está se planejando entre fazer faculdade no Brasil ou fazer o intercâmbio? O que você indica pela sua experiência?
Eu acho que fica complicado alternar entre um e o outro, aí a gente tem que ver também a história pessoal de cada um, se a pessoa tem o interesse de fazer um curso na faculdade, eu não acho que vale à pena sacrificar uma faculdade para fazer o intercâmbio. Mas eu acho que o intercâmbio é uma experiência muito válida, e você assimila muito, você tem um crescimento pessoal, um desenvolvimento muito grande, porque você está lidando com uma cultura totalmente diferente, com um ambiente que você não está acostumado. E muitas das vezes é aquela separação do cômodo, do rotineiro, de sair de perto do berço da família, e ir sozinho, fazer algo e estar num lugar onde não tem mais ninguém, onde seus amigos vão ser sua família, então você não vai ter mais aquela base, é uma experiência muito interessante nessa idade ou em qualquer idade, mas pessoalmente eu não acho que vale a pena sacrificar ou um ou outro, pra fazer o intercâmbio.
Mas pode-se fazer a faculdade aqui na Europa, aqui na Irlanda ou outro pólo estudantil, porque aqui na Irlanda é um lugar muito bom para a fazer faculdade, aí eu acho que vale a pena.
Mais interessante seria fazer o intercâmbio meio da faculdade, se você tivesse a oportunidade de fazer. Trancar e vir prá cá, tem algumas faculdades que você consegue fazer parte do curso aqui na Europa também. Existe muitas portas que podem ser abertas desse jeito. Mas eu não desistiria do sonho de fazer o intercâmbio, eu acho uma experiência muito interessante para qualquer idade, qualquer fase da vida. Mas eu devo todas as realizações que tenho na minha vida hoje à decisão de ter feito o intercâmbio. Os planejamentos depois que eu cheguei aqui, eles tiveram outros caminhos, e nós mudamos muito nossos planos, e eles nos trouxeram até aqui, e a gente tá muito feliz com nossas decisões, e nossas ações sobre as nossas decisões.
Qual foi a sua maior dificuldade ou, pessoalmente, o que mais te fez feliz e ter completado a faculdade?
O que mais me fez feliz, foi saber que eu sou capaz, de muito mais do que eu imagino. Começar o curso de Bussiness, que eu não queria, não era o meu objetivo, mas eu aprendi muito também no curso, muita coisa na minha cabeça mudou bastante, e o que me fez feliz foi isso, saber que eu sou capaz. Foi muito boa a experiência.
